sexta-feira, 24 de junho de 2011

Saiba porque escalar boulder está seduzindo os brasileiros

 Força e explosão. Duas palavras que definem perfeitamente o que é boulder. Duas expressões que também seduzem escaladores do mundo inteiro, inclusive do Brasil. Prova disso, cada final de semana mais pessoas procuram onde e como praticar o esporte.

Mas afinal, o que é um boulder?

 Traduzindo a palavra inglesa "boulder" para a nossa língua, temos: pedra grande arredondada. Para um fissurado em escalada, unir os termos "pedra grande arredondada" com "força e explosão" já explica a pretensão da modalidade.

 E é isso mesmo a explicação: são blocos de rochas, que na maioria não ultrapassam quatro metros de altura, e que são escalados sem corda. Como são lances curtos, acabam também sendo intensos e fortes, para dar a graça na brincadeira. Existem lances de um único movimento, o que muitas vezes é um desafio até para escaladores experientes e que demostra a intensidade desse pequeno ato.

 O campeão brasileiro de escalada, André Belezinha, explica porque o boulder atrai cada vez mais praticantes: "é como se você pegasse o crux (lance mais difícil da via) e isolasse-o para concentrar todas as suas forças só ali." Isso se traduz em diversão para vários dias.

 Para graduar um lance em boulder no Brasil, utiliza-se o seguinte sistema: primeiro dá a graduação daquele lance como se ele fizesse parte de uma via longa (como se ele fosse o crux da via). Deste resultado subtrai-se um número e mais uma letra. Por exemplo, se uma via normal (esportiva com corda) é um 9b brasileiro, o equivalente num boulder seria um 8a.

 A graduação fica menor em boulders porque é desconsiderado o fator de resistência, já que boulders são apenas poucos metros de escalada. Nos Estados Unidos existe uma graduação que mede o nível de dificuldade do lance (V0 até V14) e uma que mede o risco físico do movimento (R1, R2, R3, etc).

Sem corda, mas com segurança!

 Apesar de não se utilizar corda e cadeirinha para escalar boulder, a segurança é um ponto importante nesta modalidade. Não é aconselhável entrar num lance sozinho. O ideal é estar em pelo menos duas pessoas, onde, enquanto um escala, o outro fica atrás, com as duas mãos acompanhando as costas do escalador, esperando amortecear uma possível queda.

 Outro componente de segurança é o crashpad, um colchão portátil que está sempre embaixo do escalador. Caso o lance siga lateralmente pela pedra, o crashpad deve ser arrastado pelos companheiros seguindo o ascensor.

 No Brasil, o único fabricante de crashpad é André Belezinha (bele@casadepedra.com.br), que vende cada peça por R$ 250. Para completar o kit boulder, não se pode esquecer do saco com pó de magnésio (bem cheio!) para secar o suor das mãos e de uma escovinha para tirar a pasta das agarras formada pelo magnésio e suor de seus companheiros (urgh!).
Crashpad debaixo do braço, vamos escalar...
 Você já tem o seu kit boulder e conhece uma turma doida para se divertir? Então é só escolher onde começar a praticar a nova onda brasileira. Durante a semana, o melhor lugar para treinar é numa academia indoor. É comum a galera se reunir para criar novos lances ou tentar aquele boulder invencível.

 Nos finais de semana você pode migrar para alguns dos points em rocha já descobertos. Em São Paulo, Curitiba (PR), tirando a área misteriosa do I Blox (veja matéria), existe o Pontal da Fortaleza, em Ubatuba, (de lambuja você ainda curte uma bela paisagem) e a Pedra Grande, em Atibaia.

 No Rio de Janeiro um lugar bastante freqüentado é a praia de Itaquatiara, em Niterói. Na região de Belo Horizonte também há alguns points na região da Serra do Cipó e Lapinha.

 Esses são alguns dos muitos lugares que existem pelo Brasil afora com as "grandes pedras arredondadas". Com certeza ainda há muitos outros blocos inexplorados apenas aguardando a sua vez de brilhar.




Fonte: Tema:Montanhismo / Autor: Marilin Novak

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Segurança no boulder


Por Vantuir (MAGRÃO)

Nesta coluna, vamos comentar sobre as particularidades da escalada em boulder.

Tempos atrás eu falava do boulder com entusiasmo, mostrando para os curiosos como aquela modalidade nos permitia escalar sozinhos, como era prático não ter de levar aquela pilha de equipamentos e como era seguro escalar em pequenos blocos. Como podia me enganar tanto?

Apesar de velho conhecido de guerra, o boulder cresceu e tornou-se febre somente nos últimos dois, três anos. E assim como eu muita gente começou a notar como estávamos enganados.

Antes de mais nada escalar sozinho é um pé... A prática do boulder por si só é mais descontraída e pede uma “galerinha” reunida inventando lances, descobrindo novos blocos e possibilidades. Depois esses pequenos blocos nem sempre são tão pequenos assim, e mesmo que fossem, geram, na maioria das vezes, posições e atitudes do corpo onde mesmo uma pequena queda pode ser muito perigosa para os pés, cotovelos e às vezes até a cabeça.

Colchão salvador - É aqui que entra o mais novo conhecido do boulderista, o CRASH PAD... Este pequeno colchão até pouco tempo atrás era muito pouco usado, mesmo na Europa e nos Estados Unidos. Apesar de ter pouco mais de um metro quadrado de área e geralmente cinco a dez centímetros de espessura, sua espuma de alta densidade costuma ser suficiente para que grandes torções nos cotovelos, punhos e tornozelos sejam evitadas, sem contar o contato físico da pele com a pedra ou solo evitando também escoriações.

Uma outra peça extremamente importante na escalada de boulder - e infelizmente ainda muito pouco utilizada - é a famosa segurança de corpo. Já explicarei melhor esta parte, mas antes vamos acabar também com a segunda maior premissa do boulder, que era poder escalar sozinho.

Apesar de em alguns lugares muito tradicionais, como Fontainebleau, ainda ser muito comum a prática do boulder sozinho, na maioria das situações este tipo de escalada já é visto como uma atividade de duplas ou às vezes até mais pessoas.

A segurança de corpo se não for a mais importante, é a segunda mais importante parte para sua segurança. Problemas cada vez mais difíceis e cada vez mais negativos e acrobáticos geram quedas em posições adversas.

A função do segurador - Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o segurador não deve ter a pretensão de pegar seu companheiro em queda no colo ou mesmo ficar em baixo para amortecer a queda. A segurança correta é feita levemente para trás do escalador, com sua atenção fixa à cintura do escalador que, no caso de queda, deve ser “endireitado” para a posição ereta.

Cabe ao segurador, colocar em pé seu companheiro de forma que a primeira parte a tocar o CRASH PAD sejam os pés do escalador. O amortecimento da queda cabe tão somente ao CRASH PAD e às próprias pernas do escalador. Desta forma, evita-se que um ou ambos se machuquem.

Antes de encerrar este texto, devo lembrar que um CRASH PAD hoje nas lojas de escalada vale em torno de 200 a 300 Reais e uma consulta médica com um gessinho modelo popular pode facilmente passar deste valor. Isso na melhor das hipóteses, sem falar em fisioterapia, pinos, etc. Por isso, esteja atento, pratique o boulder sempre com responsabilidade e não economize em sua segurança.

Fonte:  Alê Silva

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Motivação.


 A superação.

Seção Técnica.

Quedas 
 Quando estiver guiando pense também numa possível queda. Não para ficar mais
nervoso, mas para prevenir chocar-se contra um platô, por exemplo. Quando o guia cai,
o tamanho da queda não é só duas vezes a distância que o separa do último grampo,
podendo chegar a três vezes esta distância, por causa da elasticidade e da folga da corda.

 Se você acha que tem chance de aterrissar num platô, peça ao participante que fique
atento e não deixe folga excessiva na corda. Isso vale também para os primeiros grampos
de algumas vias. Se você cair pouco antes do segundo grampo e seu parceiro tiver 
deixado muita folga na corda, pode acontecer de você ir direto para o chão. Em algumas
situações, mesmo que você caia chegando ao terceiro grampo, também pode bater no
chão devido o excesso de corda. Fique atento e explique a situação para o seu companheiro.
Outra coisa importante é conhecer o seu parceiro de escalada, pois muitos dos casos de
pé torcido em quedas de escaladores são causados por erro de quem dá segurança.

 Cuidado na hora de costurar a corda no grampo. Cair com a corda na mão, ou seja, 
momentos antes de fazer a costura, geralmente termina numa queda enorme, porque 
há uma grande folga na corda e, provavelmente também, no freio do participante que 
dá segurança. Para evitar quedas assim, deve-se subir um pouco mais, até o baudrier 
ficar na altura do grampo. Neste momento, consegue-se clipar a corda no grampo sem
 que praticamente haja folga na corda. É preciso avaliar cada lance, porque nem sempre
 é fácil fazer isso. 

 Uma boa forma de treinar quedas sem se machucar é em top rope. Comece com a corda 
pouco frouxa e vá dando mais corda aos poucos. Use o bom senso e escolha um local com 
uma boa ancoragem, longe do chão ou de algum platô. Caia afastado da parede e, se ela 
for muito positiva, caminhe para trás até a corda travá-lo.

 Também é importante para o escalador saber desescalar, pois é algo de que vai precisar 
quando errar a via ou quiser voltar para passar um determinado lance de outra maneira. 
Cada metro desescalado representa dois metros a menos de queda. Como qualquer 
fundamento da escalada, é possível treinar a desescalada, de preferência em top rope e 
com a corda frouxa.

 Quando a proteção for boa e estiver próxima, e a queda for limpa, sem obstáculos no 
caminho, como em uma boa via esportiva, o escalador deve ir com tudo e escalar com 
vontade, sem parar. Ficar pensando demais na queda não vai ajudar muito, pois se não
há risco de se machucar, deve-se arriscar. Escale como senão estivesse guiando, vá com
raça. Muitos lances só são ultrapassados assim, com força de vontade.






 
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Histótia da Escalada.

ESCALADA ESPORTIVA.
História da Escalada
"A escalada surgiu no século XVIII, motivada por uma curiosidade científica como a botânica e biologia que começava tomar vulto, ajudado pela revolução industrial. Nesta época, o imperialismo dominava, havendo uma analogia entre se conquistar uma montanha e se conquistar o país onde ela se encontra, sendo também de importância tática em tempos de guerra.
Essa escalada era composta muito mais por caminhadas que pela escalada como conhecemos hoje. A escalada moderna nasceu na década de 50 através da evolução tecnológica que apagou o impossível do vocabulário montanhista. Já na década de 60, a escalada toma forma mais moderna, sendo pensada a relação do homem com a natureza. A um mesmo tempo, a mídia e a indústria de consumo ganhavam espaço na atividade. Neste tempo, os escaladores deixavam de ser considerados heróis e aparece a possibilidade de todos praticarem a escalada, já tida como esporte. Os muros de escalada apareceram na metade da década de 80, na antiga U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), chegando ao ponto extremo do esporte onde não é necessário ir à montanha para escalar, sendo possível e fácil se manipular a dificuldade da escalada e concentrar grande número de pessoas assistindo à subida.
 No Brasil, a escalada teve início no Paraná, em 1886, com a conquista do Olímpio, no conjunto Marumbi, crescendo também no Rio de Janeiro já em 1912 com a escada do Dedo de Deus. A escalada no país foi introduzida principalmente por filhos de imigrantes alemães que formaram grupos tanto no Rio como no Paraná.
 Em Brasília a escalada teve início em 1989 quando foi ministrado o primeiro curso de escalada em rocha por professores curitinos. A partir deste curso houve a formação de um pequeno grupo de escaladores que mantiveram e ampliaram a escalada. Construindo em 1990 o primeiro muro de escalada da cidade, na UnB.
  Existem basicamente 2 tipos de escalada que se subdividem em vários subtipos: 
Escalada livre, que será vista por nós, consiste em subir usando apenas os apoios oferecidos pela rocha ou muro, sem o uso de equipamentos que favoreçam a subida (equipamentos de segurança são usados). Neste estilo de escalada o uso da flexibilidade e equilíbrio é fundamental, superando em alguns casos o uso da força. “Sendo necessário se usar o mínimo de esforço possível, evitando movimento brusco ou longo.”



domingo, 15 de maio de 2011

Escalando em toledo

Fabio (Frajóla) - Pedreira de Toledo.

Fernando (Feto) - Abrindo a Via e Thiago na Segurança.

Que tal uma visão dessa pra dar mais força!

Não, isso não é na Pedreira.


 Após a pedreira passamos em uma peixaria pra almoçar e vazamos pra uma das cachoeiras de Ouro Verde, excelente lugar, diga-se de passagem, para escalar, tomar banho de cachoeira ou só para descontração.
 Tarde muito quente, mais voltando ao assunto (escalada).....



Jacaré e Frajóla.



Feto e Vantuir (magrão)...



Toledo e Cascavel, galera que sabe sair da rotina...

Fotos: Fabio (frajóla)